quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cronicas de Brasília: Atrás do incêndio

Em mais um dia quente e seco, saiu o séquito de jornalistas (eu, Aline e a estudante Maria Rita, recem chegada do Amapá) em busca de realizar a pauta jornalística. Assunto ? PEC's e MP's (não sabe o que é? procura no google).

Carregando tripé, câmera e luz, chegamos ao congresso sem saber por onde começar a matéria. Que pauta mais chata... e pra falar a verdade, a gente nao saberia de qualquer forma sobre o que era (tava muito confuso o texto)...

Sentamos nos calejados sofares do salão verde, e descobrimos que quase todos os deputados não estavam no Congresso (wtf?). No desespero de voltar para a Católica sem matérias (e até aí ja tínhamos gastado mais de 60 reais com táxi), resolvemos apelar para um plano B: fazer uma matéria sobre as queimadas no DF.

QUEIMADAS NO DF

Foi aí que conseguimos um contato com o corpo de bombeiros. O táxi nos apanhou no Congresso e levou até lá, na Asa Norte. Falamos com o bombeiro sobre o blá-blá-blá das queimadas e estavámos felizes porque não voltaríamos de mãos vazias para a universidade (e essas matérias ainda passam na Rede Vida, não podemos falhar com eles).

Na hora de ir embora, quem disse que o táxi funcionou? apesar das investidas do taxista, debruçado sobre o motor, o carro ficou no prego pra valer. Chamamos outro (pagamos o taxista anterior, é claro), e fomos atrás de um incêndio , coisa que a Aline quis deixar bem claro que gostaria que não cessasse enquanto ela não fizesse sua passagem de repórter. Avistamos a fumaça ao longe, nas imediações do Vicente Pires, e entramos em um condomínio, crentes que era lá onde estava o fogaréu: ledo engano. O senhor da guarita nos indicou o local e aí sim, chegamos a uma chácara da onde os bombeiros tinham acabado de sair. A fumaça preta se elevava algumas dezenas de metros, mas havia bem mais mato queimado que algum foco mesmo.

Lá entramos nós, para a passagem da Aline, com um pequeno incêndio ao fundo e bastante mato queimado. O problema era a meia dúzia de cachorros que estavam presos ao longe (felizmente), mas que causavam nítido pânico nas meninas. Como se não bastasse, a mulher, proprietária do local, começou a gesticular do lado de lá da cerca, furiosa, justo no momento em que a Aline fazia sua melhor passagem. Ela queria saber o que diabos estávamos fazendo ali com microfone e câmera, dentro da propriedade dela. Educadamente expliquei que tratava-se uma matéria sobre as queimadas no DF. Ela aquietou-se e deixou-nos gravar.

Fomos embora, perseguidos pelo olhar medonho dos cachorros e da mulher, mas conseguímos chegar vivos na Católica, apesar do cheiro de fumaça em nossas roupas e cabelos.

Assista essa matéria na Rede Vida, ainda essa semana no Jornal da Vida, a partir das 21:30.

Um comentário:

Juliene disse...

kkkkkkkkkkkkkk.... Faltouuu ai uma ajuda da Produtora aqui...
Muitooo bom seu relato! Vida de Jornalista não é fácil...Hahaha