sexta-feira, 24 de abril de 2009

Crônicas de Brasília: Show da esplanada

É difícil escrever algo que acabe não parecendo um diário ou coisa parecida. Mas as vezes dá vontade de escrever as coisas bobas que se vive.

No dia 21 de abril, a Esplanda dos Ministérios estava coberta de pequenos seres pensantes... sim os humanos. Eles estavam lá, cerca de 1 milhão deles: uns jogando voley de areia, outros aproveitando os diversos postos de atendimento que tinham lá, como dentista, médico, coisas assim. Haviam palcos de música para todos os lados, cada qual arrebanhando uma parte dos transeuntes. Mas isso tudo que digo até agora, vi pela televisão. Decidi então ver com os próprios olhos. Por volta das 17h cheguei aos fundos do Congresso Nacional para estacionar o carro, mais precisamente no estacionamento dos anexos da Câmara. Alegremente comecei a andar pela esplanada, observando um imenso palco do lado de dentro do cerco. Estava pronto para brilhar, com painéis enormes na sua estrutura, que com certeza iriam encher os olhos de quem tivesse por ali, com cores piscantes e outros efeitos.

Estranhei uma coisa: muitas pessoas estavam um pouco ao longe como que esperando algo em uma das entradas da área do show. Andei até lá e logo percebi: aquela entrada se referia aos camarotes, e ninguém podia entrar. Eu, talvez diferente dos muitos ali, que queriam mesmo era ver seus ídolos, estava apenas querendo saber a que show se referia aquele palco, óbviamente o principal de toda a esplanada.

Não precisei de muitos neurônios para processar bem que palco seria aquele: os camarotes eram imensos e imponentes, havia seguranças para todos os lados nas entradas... aquele era o palco que Xuxa e cia iriam se apresentar. O "cia" se refere a outros artistas bem conhecidos, que também estariam ali, para deleite de seus idólatras (partindo da idéia que os tais artistas são ídolos).

Fui informado então por um segurança que o show o qual eu estava a procura, que era o show gospel, estava próximo a rodoviária, em outras palavras, uns 3km que eu teria de andar a pé. Nem pensar. Voltei ao carro, que já havia ficado 1 km para trás, e fui procurar uma vaga bem mais próxima do dito palco gospel. Em um dia como aquele, leia-se "vaga" qualquer lugar que o carro fique sem obstruir a passagem dos demais. Mas eu não queria colocar o meu em um lugar tosco demais, e decidi por estacionar atrás do Conjunto Nacional, um dos shoppings mais velhos do Brasil. Pelo menos lá estava numa vaga própria de carros.

Caminhei outro tanto até finalmente vislumbrar o palco. Haviam ali, segundo um carinha no palco anunciou, 100 mil pessoas no show gospel. Por mais estranho que pareça, nesse mar de pessoas encontrei diversos conhecidos, entre eles, um amigo que estava junto dos demais, e por ali mesmo permaneci. Nem pensei em me embrenhar no meio daquela multidão para ver quem quer que fosse de perto, como muitos fazem nesses shows.

A noite foi avançando e logo encontrei um primo com outros amigos. Acabamos entrando em meio aos muitos, ora sentindo perfumes, ora odores bem desagradáveis, cutoveladas, pisões, esbarrões, até que encontramos uma clareira naquele mar de cabeças. E era até perto o palco. Lá ficamos. O show estava legal, e em alguns momentos ficou bem animado, e quem já esteve num show sabe: se é hora de pular, pule. Se ficar parado vai virar omelete. Mesmo assim, há aqueles que se sobressaem dos outros, e uma dessas figuras estava bem na minha frente. Pulava como uma pulga louca nas músicas agitadas. Creio que ele queria ver se pulava mais alto que todos os 100 mil pulantes. O sujeito deveria ter molas nos pés.

Meio que do nada, ou pelo menos mais cedo do que eu esperava, o show terminou, e satisfeito, me despedi dos amigos e literalmente corri para o meu carro, que dessa vez ficou bem mais perto. Corri, pois eu bem conheço a capital que sedia o poder do país: tem quase um assaltante para cada pessoa, e eu queria deixar o meu de mãos vazias aquela noite.

2 comentários:

Delírios de Maria disse...

O AMOR É IMORTAL

Um homem que sabe amar nunca vai embora
ele sempre estará presente na vida da sua amada
ele será inesquecível
tem cheiro de rosas vermelhas
com o amor ninguém consegue acabar
ele nos acompanha mesmo que em silêncio total
O amor é imortal
silêncioso
por isso pensamos que ele foi embora
mas não
ele estará sempre presente
em nossas vidas
o prazer de ser amado
é o melhor prazer
delírios

Haialla Souza disse...

Obrigado pela visita!

Bela forma a sua de se expressar...
Passarei mais vezes por aqui. =)

Desde já, sinta-se convidado a voltar sempre ao meu espaço.
BeijO!